Revista de Direito da ADVOCEF https://revista.advocef.org.br/index.php/ra <p>A <strong>Revista de Direito da ADVOCEF</strong> é uma publicação periódica (semestral), de acesso aberto, da Associação Nacional dos Advogados da Caixa Econômica Federal. A Revista têm como missão promover o conhecimento jurídico produzido em decorrência das atividades exercidas pela Caixa Econômica Federal, conforme a metodologia científica. Publica artigos jurídicos com ênfase à pesquisa, ao ensino e à prática do Direito, a Revista pretende ser instrumento de congregação e de troca de conhecimento no meio jurídico. Em contribuição ao aprimoramento profissional do advogado da CAIXA e em conformidade à metodologia científica, o periódico confere visibilidade ao conhecimento jurídico produzido tanto por integrantes da categoria quanto por autores externos, abrangendo todas as áreas do Direito. No ano de 2005 foi lançada a primeira Revista de Direito da ADVOCEF no Congresso de Belo Horizonte.</p> <p>O periódico consolidou-se tanto como um relevante instrumento de divulgação das pesquisas jurídicas dos(as) advogados(as) da CAIXA, como também uma importante opção de publicação na área jurídica para os autores oriundos de diversas instituições.</p> <p><br /><br /></p> Associação Nacional dos Advogados da Caixa Econômica Federal pt-BR Revista de Direito da ADVOCEF 1808-5822 Contagem de prazos na recuperação judicial e falência https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/442 <p>A Lei 14.112/20, que alterou a Lei 11.101/05, tratou da contagem de prazos no âmbito das recuperações judiciais e falências. Contudo, a redação do art. 189 da Lei 11.101/05, com a reforma, foi insuficiente para esclarecer com segurança como se dá a contagem dos prazos no âmbito das recuperações judiciais e falências, trazendo dificuldades para o profissional que atua na área. A jurisprudência, a partir da interpretação da referida norma, ainda não está pacificada. Assim, até que o Superior Tribunal de Justiça decida a questão, os prazos, por cautela, devem ser contados em dias corridos, salvo nos casos em que houver, nos autos, decisão expressa definindo a contagem dos prazos em dias úteis.</p> Luiz Guilherme Pennacchi Dellore Daniel Krumpanzl Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 15 28 Autonomia e interdependência https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/451 <p>O texto analisa as instituições essenciais à justiça no Brasil, conforme delineadas pela Constituição Federal de 1988, que incluiu o Ministério Público, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública em um capítulo específico, destacando sua autonomia e papel no sistema de justiça. A separação topográfica dessas instituições em relação aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário evidencia sua relevância e independência para a promoção da justiça e defesa dos direitos fundamentais. A análise destaca que, embora autônomas, essas instituições são interdependentes e atuam de forma colaborativa, subsidiária ou adversarial em diversos contextos, evitando lacunas na proteção de direitos. Exemplos práticos, como interações entre o Ministério Público e a Defensoria Pública, mostram como elas cumprem missões constitucionais distintas e complementares. Além disso, o texto sublinha a importância da cooperação entre as instituições em questões de interesse convergente e em casos em que uma instituição assume o papel de outra na ausência de ação. Conclui-se que a autonomia e a interação dessas entidades são fundamentais para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito, garantindo o acesso à justiça e a proteção dos direitos e garantias dos cidadãos.</p> Bruno Queiroz Oliveira Jorge Bheron Rocha Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 29 40 O uso correto da recuperação judicial https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/446 <p>Este artigo traz evidências legais do uso da Recuperação Judicial no Brasil pensado pelo legislador. O uso que a legislação permite. O uso focado e vinculado ao alcance dos objetivos especificados pela Lei nº 11.101/2025.</p> Max Magno Ferreira Mendes Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 41 60 Mediação restaurativa na lei do superendividamento https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/434 <p>O superendividamento de consumidores é um tema de crescente preocupação social no Brasil, motivando, inclusive, debates parlamentares, novas leis e a necessidade de respostas jurisprudenciais. Esta pesquisa investiga as formas de soluções conciliatórias e judiciais trazidas pela Lei nº 14.181/21, para tratamento do superendividamento do consumidor, com especial ênfase na eficácia da conciliação e mediação na recuperação de dívidas. Na busca da harmonização plena das relações de consumo, verifica-se que apenas a negociação das dívidas não é suficiente para restaurar o consumidor, buscando uma sutura social com o fornecedor. Investiga-se o instituto da Justiça Restaurativa, emprestada do Direito Penal, com base no “Diálogo das Fontes”, sua aplicabilidade e contribuição para o tratamento do superendividamento. Os resultados sugerem que, apesar de haver espaço para melhorias, a Lei do Superendividamento tem incentivado a conciliação e mediação como mecanismos eficazes de recuperação para devedores individuais insolventes. De igual forma, identifica-se que a mediação restaurativa confere aperfeiçoamento no trato do superendividado, com a organização de ciclos de debates, aproximação entre devedor e fornecedor, bem como formação de rede de apoio social.</p> Lucélia de Oliveira Barbosa Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 61 84 A desconsideração da personalidade jurídica na falência e recuperação judicial https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/443 <p>Este artigo analisa os impactos da aplicação da desconsideração da personalidade jurídica no contexto de execuções trabalhistas paralelas aos processos de recuperação judicial e falência, à luz da Lei nº 11.101/2005 e suas atualizações pela Lei nº 14.112/2020. A abordagem destaca os efeitos negativos da aplicação da teoria menor da desconsideração, fora do juízo universal, sobre a concursalidade dos créditos e a preservação da empresa em recuperação. Discute-se a necessidade de maior alinhamento entre a Justiça Trabalhista e o juízo da recuperação, propondo que a desconsideração da personalidade ocorra dentro do procedimento concursal, garantindo a equidade entre os credores e a eficácia da recuperação judicial.</p> Juliana Silva Garcia Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 85 106 A essencialidade da governança e integridade corporativa nos processos de insolvência https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/445 <p>O escopo deste trabalho é demonstrar como as boas práticas da governança corporativa e de integridade empresarial podem ser eficazes e trazer resultados efetivos nos processos de recuperação judicial e como contribuem para o soerguimento das empresas em crise.</p> Emilia Vilela Luize Calvi Menegassi Castro Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 107 126 A categoria causal nos contratos https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/433 <p>O presente estudo tem por objetivo um exame refletido sobre a causa do contrato. Apesar de grande parte da comunidade jurídica entender que o assunto está ultrapassado, considerando que o Código Civil brasileiro não adotou a causa como requisito de validade dos negócios jurídicos, ainda existem muitas divergências entre os adeptos da teoria causalista e os da teoria anticausalista. O artigo procura aprofundar a análise dos argumentos causalistas e verificar a importância da categoria causal, tanto na ótica subjetiva como objetiva, partindo da doutrina e do direito comparado.</p> Gustavo Tanger Jardim Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 127 144 Responsabilidade civil e tutela judicial do meio ambiente do trabalho https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/440 <p>O presente artigo busca analisar o instituto da responsabilidade civil no meio ambiente de trabalho. Em razão da natureza especial das relações laborais, delineiamse as nuances de tal instituto neste âmbito especializado. Pontua-se a crescente imputação da responsabilidade objetiva nas condenações laborais, além de se ressaltar a importância da promoção de um ambiente laboral sadio, por meio de gerenciamento de riscos, condição que beneficia ambas as partes ao se tratar de relação empregatícia.</p> Zoraíma Meneses Brandão Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 145 168 Uma breve discussão sobre a aplicação da inteligência artificial na investigação para apuração de crimes econômicos https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/452 <p>O presente trabalho tem como tema a inteligência artificial e sua aplicação no âmbito criminal. Essa discussão é de extrema importância, pois, cada vez mais, o Estado está se utilizando de mecanismos para monitorar pessoas e operações consideradas suspeitas. Todavia, a ausência de regulamentação adequada e a condescendência da jurisprudência em relação a essa vigilância possibilitam a prática de abusos por parte dos órgãos estatais, de modo que direitos e garantias fundamentais são violados, sem, ao menos, ter passado por um controle de legalidade do Judiciário. Por isso, este trabalho tem como objetivo apresentar de forma breve a importância de o tema não só ser analisado com profundidade, como também regulamentado. Para tanto, far-se-á levantamento de bibliografia, de atos normativos (legislação, resoluções do CNJ etc.) e de julgados do Supremo Tribunal Federal para demonstrar o quanto é incipiente esse assunto no Brasil e o quanto não há segurança jurídica, de modo que o monitoramento do Estado ocorre sem grandes percalços. Esse problema é grave não só pelo fato de existir uma violação a direitos fundamentais, mas também por comprometer a própria investigação, o que impossibilitará o uso de tais provas no âmbito criminal e que poderá acarretar nulidade do processo.</p> Antônio Rodolfo Franco Mota Veloso Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 169 188 Advocacia predatória e a “indústria” do dano moral nas demandas bancárias https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/447 <p>O trabalho aborda o conceito de dano moral no Brasil, analisando sua evolução ao longo do século XX, com destaque para o reconhecimento pela Constituição Federal de 1988. Além de discutir a reparação por lesões à dignidade e à integridade emocional, o estudo critica a “indústria do dano moral”, na qual ações judiciais infundadas buscam enriquecimento sem causa, especialmente contra instituições bancárias. Também explora a advocacia predatória, em que advogados se aproveitam de brechas no sistema judicial para propor múltiplas ações sem fundamento sólido. O presente artigo tem por objetivo analisar a quantidade elevada de indenizações ligadas à prática predatória nas demandas bancárias nas relações contratuais na esfera consumerista. Para tanto, por meio de análise bibliográfica de revistas, artigos científicos e normativas legais, discutiremos como esses fenômenos refletem práticas abusivas e oportunistas, que visam obter vantagens financeiras por meio de ações judiciais, muitas vezes infundadas ou exageradas, as quais exploram brechas legais e a subjetividade das decisões judiciais. A pesquisa sugere estratégias para combater essas práticas abusivas, como o uso de inteligência artificial e painéis de<br />monitoramento para identificar comportamentos predatórios, além de reforçar a necessidade de sanções e maior fiscalização por parte da OAB. O estudo enfatiza a importância da ética profissional e do rigor na análise dos casos, visando preservar a integridade da Justiça e evitar a banalização do dano moral. A partir disso, levantaremos questões sobre a ética profissional, a eficiência do sistema judiciário e os impactos dessas ações, identificando as causas e consequências, bem como propostas que visam reformas para mitigar esses efeitos.</p> Rodrigo Cavalcanti Anne Karolline Davin de Morais Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 189 204 Sistema de verificação de crédito na recuperação judicial https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/438 <p>O escopo deste trabalho é analisar as diversas etapas procedimentais alocadas nas fases do sistema de verificação de crédito, averiguando, inclusive, o seu impacto no atendimento dos objetivos políticos atribuídos ao regime de insolvência empresarial encartado na Lei nº 11.101/2005.</p> Paola Cristina Rios Pereira Fernandes Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 205 276 Considerações sobre os requisitos para o Deferimento do Processamento da Recuperação Judicial https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/436 <p>O presente trabalho tem o objetivo de demonstrar os principais requisitos para o deferimento do processamento da ação de recuperação judicial, sendo observada a exigência legal contida no artigo 51 da Lei 11.101/2005, bem como o texto explora condições a que o devedor deve atender e quais os documentos necessários para o processamento da ação.</p> Suzimaria Maria de Souza Artuzi Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 277 296 A recuperação judicial sob a ótica do credor. Ênfase no credor bancário titular de garantia com alienação fiduciária https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/437 <p>O escopo do presente artigo é abordar a recuperação judicial sob a ótica do credor, com ênfase nos contratos bancários, garantidos por alienação fiduciária, portanto, detentor de crédito extraconcursal, identificando os principais impactos na esfera econômica e processual, bem como trazer provocações sobre aspectos que acabam por banalizar o instituto recuperacional, importando em perda de celeridade, eficácia e que trazem insegurança jurídica ao sistema.</p> <p> </p> <p> </p> André Luis Fedeli Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 297 336 A quem interessa pelejar pela proteção do instituto jurídico do artigo 49, § 3º da Lei 11.101/2005? https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/444 <p>Ilegalidade e inconstitucionalidade de decisões judiciais e também prática abusiva por parte das empresas em recuperação judicial e administradores judiciais que, fazendo uso dos mais diversos artifícios, ocasionam (i) desapropriação da garantia fiduciária e (ii) reclassificação do crédito extraconcursal para concursal, fazendo letra morta o artigo 49, § 3º da Lei 11.101/2005.</p> Paulo Lebre Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 337 356 A inconstitucionalidade do sistema eleitoral proporcional de votação frente ao paradigma do estado democrático https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/383 <p>Não raras vezes, após a apuração dos resultados das eleições, percebe-se o estarrecimento do povo, pois o deputado, federal, estadual ou o vereador, mesmo sendo um dos mais votados, não consegue alcançar o direito a um assento nas Câmaras ou Assembleias. Os noticiários coletam informações dos resultados das eleições em todo o Brasil e se constata que o estarrecimento com a formação das cadeiras para deputados e vereadores se deu de maneira completamente distinta do que era a intenção do povo ao votar. Não se olvida que a grande maioria do eleitorado desconhece a fórmula usada pelo sistema proporcional, com a aplicação de quociente eleitoral e quociente partidário. O que frustra a intenção do eleitorado é verificar que o seu candidato, apesar de ser dos mais votados, não fora eleito, bem como fica incompreensível e com sensação de injustiça a constatação de que outro candidato, com votação bem inferior, ocupará uma vaga no lugar de seu escolhido e, consequentemente, será o seu representante na condução política do Estado. Tudo isso causa, além da sensação de injustiça, o descrédito cada dia mais crescente por parte do povo para com a classe política. Deixa a entender que o cidadão não está representado e que nem mesmo o seu voto pode modificar alguma coisa. Por isso, considerando os episódios de injustiças que deixam perplexo o povo, bem como o fato de que este entende que sua representação deve partir da vontade expressa em seu voto, por ter essa garantia prevista na Constituição Federal de 1988, é que se entende dever lutar para o reconhecimento da inconstitucionalidade do sistema proporcional vigente no Brasil, para coadunar com o Estado Democrático de Direito.</p> Marcio Berto Alexandrino de Oliveira Fernando Elias Pinto Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 357 374 Desjudicialização na recuperação judicial https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/448 <p>A desjudicialização na recuperação judicial é uma resposta à necessidade de métodos mais ágeis e eficientes para resolver conflitos, dado o volume de processos no Judiciário brasileiro. A Lei nº 11.101/2005, com a atualização da Lei nº 14.112/2020, trouxe mecanismos extrajudiciais, como mediação, conciliação e arbitragem para facilitar a reestruturação de empresas em crise, mantendo empregos e protegendo os credores. Este estudo, a partir de análise bibliográfica e casos práticos, como a recuperação da Oi S.A., avalia os benefícios e desafios desses métodos. A metodologia revisou dispositivos legais e doutrinários que embasam o uso de mecanismos extrajudiciais no Direito empresarial brasileiro. A desjudicialização mostrou-se fundamental para reduzir a sobrecarga judicial, proporcionando soluções mais rápidas e eficazes para as empresas em crise e contribuindo para maior eficiência no sistema jurídico.</p> Marcos Delli Ribeiro Rodrigues Bruna Paula da Costa Ribeiro Natália Ribeiro Linhares Copyright (c) 2024 Revista de Direito da ADVOCEF https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 2024-10-29 2024-10-29 20 37 375 396