Amargurado dulçor
poder, submissão, coronelismo e cangaço na decadência dos engenhos açucareiros nordestinos através de Fogo Morto
Abstract
Para além da importância literária como romance
modernista neorrealista, Fogo Morto (1943), de José Lins
do Rego, é um painel histórico com valor documental,
marcado por personagens desajustadas com as novas
configurações econômicas e sociais, no qual está registrada
uma pluralidade de narrativas fundamentais para a
compreensão e ressignificação dos contextos sociojurídico
e sociopolítico à época, tais como a abolição da escravatura,
a decadência dos engenhos açucareiros e a degradação
humana frente à modernização, fenômenos como o
banditismo, o cangaço, o coronelismo, o mandonismo e o
patriarcalismo. Nesse cenário, a presente pesquisa, que se
coloca no marco dos estudos do Direito e Literatura,
objetivou identificar as principais relações de submissão e
disputas de poder presentes no enredo da obra. Inobstante,
intentou-se averiguar como tais elementos se relacionam
com as dinâmicas jurídicas, políticas, sociais, econômicas e
culturais à época, sobretudo no que concerne ao
coronelismo e ao cangaço.
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