Amargurado dulçor

poder, submissão, coronelismo e cangaço na decadência dos engenhos açucareiros nordestinos através de Fogo Morto

Autores/as

  • Pedro Henrique Almeida Queiroz UFU

Resumen

Para além da importância literária como romance
modernista neorrealista, Fogo Morto (1943), de José Lins
do Rego, é um painel histórico com valor documental,
marcado por personagens desajustadas com as novas
configurações econômicas e sociais, no qual está registrada
uma pluralidade de narrativas fundamentais para a
compreensão e ressignificação dos contextos sociojurídico
e sociopolítico à época, tais como a abolição da escravatura,
a decadência dos engenhos açucareiros e a degradação
humana frente à modernização, fenômenos como o
banditismo, o cangaço, o coronelismo, o mandonismo e o
patriarcalismo. Nesse cenário, a presente pesquisa, que se
coloca no marco dos estudos do Direito e Literatura,
objetivou identificar as principais relações de submissão e
disputas de poder presentes no enredo da obra. Inobstante,
intentou-se averiguar como tais elementos se relacionam
com as dinâmicas jurídicas, políticas, sociais, econômicas e
culturais à época, sobretudo no que concerne ao
coronelismo e ao cangaço.

Biografía del autor/a

Pedro Henrique Almeida Queiroz, UFU

Advogado. Pós-graduando em Direito Público e em Tribunal do Júri e Execução Penal pela Faculdade Legale. Associado ao Instituto de Direito Sanitário Aplicado e à Rede Brasileira Direito e Literatura.

Publicado

2023-12-01

Cómo citar

Queiroz, P. H. A. . (2023). Amargurado dulçor: poder, submissão, coronelismo e cangaço na decadência dos engenhos açucareiros nordestinos através de Fogo Morto. Revista De Direito Da ADVOCEF, 19(35), 177–208. Recuperado a partir de https://revista.advocef.org.br/index.php/ra/article/view/339

Número

Sección

Artigos Gerais